O valor para entrega dos produtos até o cliente final representa cerca de 5,4% do preço total de um produto, de acordo com estimativas do setor. Por isso, uma boa cotação de frete não só garante um serviço eficiente na entrega, como um controle de custos, que pode onerar tanto o consumidor quanto a própria indústria.
A gestão da logística é, cada vez mais, um fator crítico para a eficiência e lucratividade das empresas, e a utilização de ferramentas tecnológicas nesse processo tem se mostrado fundamental. No caso da cotação de frete, um bom software garante diversos benefícios e é imprescindível para a operação.
Veja abaixo como a tecnologia vai transformar a cotação de frete na sua indústria.
Primeira questão da cotação de frete: a complexidade logística
A cadeia de suprimentos envolve diversos fornecedores, modais de transporte variados e uma rede complexa de distribuição. Além disso, fatores como regulamentações governamentais, variações climáticas e flutuações no mercado podem afetar a logística de forma imprevisível. Diante dessa complexidade, a cotação de frete é uma etapa crucial para otimizar custos e prazos.
A cotação de frete tradicionalmente envolve o contato com diversas transportadoras, negociações individuais e análise manual de propostas. Esse processo é lento e sujeito a erros humanos.
Para garantir que a cotação seja eficiente, um cuidado importante é contar com um único dashboard para receber as cotações das transportadoras e, assim, poder avaliar o parceiro mais interessante. Além disso, um bom TMS que proporciona a cotação de forma automatizada permite a criação de padrões para cada tipo de frete.
As ferramentas de cotação permitem que as empresas comparem instantaneamente as tarifas de várias transportadoras, considerando diferentes rotas e modais. Isso não apenas economiza tempo, mas também ajuda a identificar as opções mais econômicas, resultando em redução de custos significativos.
Isso garante à indústria evitar contratempos como a escolha pelo preço mais barato, mas com o veículo inapropriado, ou um transportador não idôneo. Com a cotação automatizada e o histórico de parceiros, o foco sempre será no melhor custo-benefício, levando todas essas questões ligadas ao transporte em consideração.
De quem é o custo do frete?
Habitualmente, na relação B2C ou D2C, quando varejo ou indústria vendem diretamente para o cliente, informa-se o custo do frete na hora da compra. Mas nem sempre é o consumidor/cliente que paga por este custo, podendo ele ser responsabilidade exclusiva da empresa. Assim, o tipo de pagamento do frete também é importante para o momento da cotação do frete.
Considere também a necessidade de informar, na cotação de frete, se ele é um Frete CIF ou Frete FOB:
- Frete CIF: quando o remetente é responsável pelo seguro e pagamento do frete. Geralmente, pago no momento do despacho;
- Frete FOB: quando o destinatário é responsável pelo pagamento do frete. Usado comumente na indústria e o pagamento pode ser feito de forma separada ao fornecedor.
Tipos de frete: fator essencial para uma cotação assertiva
Existem diferentes tipos de fretes e eles precisam ser levados em consideração na hora de realizar a sua cotação. Além disso, questões como o tipo de carga transportada também impactam no custo de transporte. Os tipos de fretes mais comuns são:
- Normal: frete tradicional, em que a transportadora coleta o produto no local de despacho e leva até o consumidor final;
- Subcontratação: sua empresa contrata um fornecedor e este subcontrata outra empresa para realizar o transporte;
- Redespacho: quando duas ou mais transportadoras realizam o frete, cada uma em determinado trecho.
Os tipos de frete estão, geralmente, associados aos tipos de cargas. Por exemplo: você pode optar por enviar seus produtos através de carga fracionada, quando sua empresa “divide” o espaço do caminhão com outras (ideal para poucos itens) ou carga lotação, quando o caminhão leva somente produtos da sua empresa.
Outros fatores que influenciam no custo do frete e, por consequência, precisam ser definidos e informados no momento da cotação são as informações sobre as cargas em geral. Por exemplo: cargas perigosas (de itens químicos, ou inflamáveis) exigem um transporte mais cuidadoso e muitas vezes em veículos específicos para tal.
Assim, calcula-se o frete com base nas condições que o transporte exigirá e pode sofrer variações e atrasos se a cotação não for bem direcionada. O mesmo ocorre com produtos que compõem cargas sensíveis, como alimentos ou medicamentos.
Análise de dados e tomada de decisões
A cotação de frete baseada em ferramentas tecnológicas também fornece uma grande quantidade de dados valiosos. À medida que as empresas analisam esses dados para identificar tendências, gargalos na cadeia de suprimentos e oportunidades de otimização. Isso é fundamental para tomar decisões que impulsionam a eficiência e a lucratividade.
Assim, além de contar com os melhores parceiros logísticos para a sua indústria, você garantirá preços justos e um serviço eficiente, com foco na melhoria contínua. Também poderá valorizar parceiros eficientes e criar uma cadeia de valor que impacta positivamente a percepção do seu cliente quanto ao seu serviço de entrega.
A cotação automatizada também elimina problemas como a contratação de fornecedores não qualificados, especialmente em situações que exigem regras específicas, segundo a Agência Nacional de Transportes. Você pode, já na cotação, informar o tipo de veículo e infraestrutura necessárias, bem como os documentos e certificações que a transportadora deve apresentar para ser sua fornecedora. Sem esses pré-requisitos, elimina-se automaticamente da sua cotação de fretes os fornecedores não adequados.
Com a tecnologia, sua cotação é mais eficiente e prática, com redução de gargalos da contratação à auditoria, transparência e confiança no relacionamento com entre embarcador e distribuidor.
