Fundamentais para movimentar a cadeia de abastecimento e trazer eficiência à logística, os canais de distribuição precisam estar no radar de quem atua no setor. São eles que conectam os fluxos de distribuição, desde a saída da produção até a chegada ao consumidor final, onde, no Brasil, a maior parte da logística ocorre por via rodoviária. Existem diferentes tipos desses canais, aplicados em diversas situações da logística.
Confira aqui quais são os principais canais de distribuição logística e como podem se encaixar no seu negócio!
Aplicações e modelos
A eficácia da logística em qualquer negócio é determinada em grande parte pela escolha e implementação adequadas dos canais de distribuição. Eles são, basicamente, os caminhos/pontos pelos quais os produtos são movidos do fabricante ou fornecedor para o consumidor. Esses canais podem ser diretos, nos quais os produtos vão diretamente do fabricante para o consumidor final, ou indiretos, quando há intermediários, como distribuidores, varejistas ou atacadistas.
Confira os principais:
Ship from store
O modelo ship from store envolve o envio de produtos diretamente aos clientes a partir das lojas físicas da empresa. Esse modelo ganhou popularidade com o aumento do comércio. É usado, por exemplo, para agilizar as entregas de pedidos feitos online, a partir do envio via loja física que engloba esse e-commerce. É uma estratégia eficiente no omnichannel e agiliza as entregas e a movimentação de estoques entre redes de lojas físicas e seu comércio eletrônico.
O modelo ship from store traz vantagens como a redução de tempo de entrega, com prazos mais curtos a partir do envio via loja física mais próxima ao consumidor. Também promove a otimização do estoque e redução de custo do frete.
É preciso, no entanto, ter uma boa integração de dados entre e-commerce e lojas físicas, bem como uma solução multiplataforma de gestão logística, que integre esses canais e promova agilidade e visibilidade da distribuição.
Pontos de retiradas (pickup point/store)
Enquanto no ship from store o cliente compra na loja física e recebe em casa, no pickup point ou pickup store, ele compra no online e retira na loja física ou em pontos de retirada indicados pela empresa.
Esse é um modelo que agiliza a entrega, se houver uma boa integração entre online e offline. E garante, para a empresa, redução de custos com distribuição. Além disso, pode contribuir com a retenção de clientes e ainda ampliar as vendas, uma vez que o cliente estará no ponto físico, em contato com todo o mix de produtos.
Dark store
Uma dark store é uma instalação de varejo que atua exclusivamente como centro de atendimento de pedidos online, sem atender diretamente aos clientes. Nesse modelo, as instalações físicas se assemelham a uma loja convencional, mas são fechadas ao público.
As dark stores são projetadas para otimizar o processo de atendimento de pedidos online, permitindo uma operação mais rápida e eficiente em comparação com as lojas tradicionais. Muitas delas proporcionam, até mesmo, o modelo “clique e retire”, agilizando as entregas.
Muitos pedidos enviados a partir de uma dark store pode ser entregues no mesmo dia da compra. Novamente, a integração de dados entre e-commerce e pontos físicos e seus estoques é fundamental para o sucesso da operação.
Fulfillment
Como o próprio nome sugere, esse modelo envolve toda a operação de envio de um pedido, do momento em que sai da fábrica até chegar ao consumidor final. E neste modelo, toda a operação propriamente dita é realizada com o apoio de profissionais terceirizados. Seja através de modelos de BPO logístico, seja com mais de um fornecedor, a partir da venda até a entrega, a operação é realizada de forma terceirizada.
Neste caso, o dono do e-commerce fica a cargo dos cuidados da marca e da gestão estratégica do negócio. O objetivo é criar experiências de valor para o cliente, focar a energia em ações com este objetivo, enquanto o operacional fica a cargo do profissional terceiro contratado.
No fulfillment, quando o cliente realiza o pedido já se busca o endereço mais próximo ao consumidor a fim de agilizar a entrega. Se ele comprou de um e-commerce baseado no Sudeste mas mora no Sul, a ideia é buscar o produto em estoque de loja física, CD ou dark store mais próximo a ele. Assim, é possível reduzir custo e tempo de entrega.
Esse modelo engloba as cinco etapas da logística: estoque, separação, embalagem, transporte e pós-embalagem. Ou seja: é fundamental contar com um sistema integrado de logística para garantir o envio a partir do melhor ponto de venda e acionar os melhores distribuidores de determinada região.
Dropshipping ou triangulação
Essa modalidade de distribuição também pode ser chamada de venda triangular porque envolve três atores: o fornecedor, que é quem vende a mercadoria e também quem contribui com o ICMS, por exemplo; o e-commerce, que adquire essa mercadoria e a revende para o consumidor final; e o cliente em si, que é quem adquire por último o produto.
Neste modelo, a questão tributária, em relação ao recolhimento de impostos e emissão de nota fiscal, deve ser observada, uma vez que tanto o fornecedor quanto o e-commerce emitem nota e recolhem imposto, enquanto o cliente final pode ou não ser contribuinte de ICMS, por exemplo – o que explica o termo triangulação. Um exemplo comum de dropshipping é quando o e-commerce revende produtos vindos de fora do país, por exemplo. Na questão logística, é importante observar que o transporte começa já no fornecedor, ao invés da mercadoria sair de um centro de distribuição do e-commerce, por exemplo.
Marketplace ou operador logístico
Este também é um modelo cada vez mais comum para ampliar as vendas online das marcas e facilitar a entrada de lojas tradicionais ou indústrias no universo do e-commerce. No marketplace, diversos fornecedores são exibidos em uma mesma plataforma – como Amazon ou Mercado Livre, por exemplo.
No caso da distribuição destes produtos, o próprio anunciante é quem realiza o processo logístico, ficando a plataforma como um canal de vendas. Ou seja: a empresa utiliza a plataforma para anunciar, angariar clientes e vender, e também tem autonomia para realizar suas entregas.
Obviamente, existem regras que devem ser seguidas ao se utilizar uma plataforma de marketplace e ter uma logística eficiente pode aumentar sua reputação dentro destas plataformas.
O marketplace em si não possui estoque nem produto: ele é uma grande vitrine compartilhada das marcas, que são responsáveis por toda a operação de entrega.
Full commerce
Já no modelo de full commerce, o proprietário de uma marca ou detentor dos direitos de um produto “terceiriza” toda a operação de e-commerce. Esse modelo é muito utilizado por lojas físicas que desejam migrar para o digital e, como não possuem expertise na operação online, contam com um parceiro que implementa e opera o e-commerce.
Todo o processo de venda, distribuição e gestão é feito por este terceiro. Aqui, o maior cuidado é garantir uma boa integração entre loja física e e-commerce, para dar ao cliente a possibilidade de consumo no modelo omnichannel, por exemplo. E, claro, uma logística integrada ao estoque físico é crucial para agilizar as entregas.
Como você pode perceber, os canais de distribuição na logística apresentam uma variedade de modelos, cada um com suas próprias aplicações e benefícios únicos. A escolha do canal de distribuição adequado depende de vários fatores, incluindo o tipo de produto, as preferências do cliente, a infraestrutura disponível, a localização do consumidor e os objetivos de negócio da empresa.
Ao compreender e aplicar os diferentes modelos de canais de distribuição de forma eficaz, as empresas podem melhorar sua competitividade, eficiência operacional e satisfação do cliente.
E em todos eles, um grande diferencial é o apoio da tecnologia, a partir de plataformas integradas como a da DATAFRETE, que promove visibilidade, mais simplicidade na operação e uma tomada de decisão assertiva. Conte com nosso time de especialistas para tornar a sua logística mais eficiente!